quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A utilização da informática em idade infantil

Por: Manuel F. A. Meirinhos

Comentário do texto lido por Joana:

As novas tecnologias só são novas para quem nasce antes delas serem inventadas. Para as crianças, a tecnologia informática já não é nova. Foi criada antes delas nascerem. Desenvolvem os seus esquemas mentais integrando o funcionamento da tecnologia que para nós é nova. Para eles a tecnologia é natural, transparente. Só os adultos necessitam de se adaptar, formar novas estruturas mentais, para aceder, seleccionar e tratar a informação, tal como os novos suportes o permitem. A adaptação dos adultos requer, por vezes, grande esforço e pode gerar bastante desequilíbrio. É um esforço necessário aos profissionais da educação. Numa civilização em que a informática vai desempenhar um papel primordial, a utilização da informática nas primeiras idades pode, só por si, ser um factor de igualdade social, ao permitir a crianças mais desfavorecidas, crescerem com a tecnologia, que em casa não possuem, mas que mais tarde fará parte do seu meio natural. A formação dos educadores, nos aspectos acima referidos é de primordial importância, pois é nas aprendizagens destas idades que assenta todo o desenvolvimento futuro. Ninguém melhor que o educador conhece as suas crianças. É quem melhor pode seleccionar os programas mais adequados às necessidades de cada criança, e quem melhor os pode integrar na estratégia metodológica que permita atingir os resultados desejados. A partir do software existente, com estratégias adequadas, e em função das capacidades e conhecimentos da criança, podem-se realizar actividades muito atractivas, que podem contribuir (segundo Oró, 1997) para o desenvolvimento do processo de autoaprendizagem e de correcção dos próprios erros. Aumentar a responsabilidade na tomada de decisões nas tarefas a realizar. As crianças adquirem destrezas e habilidades relacionadas com a psicomotricidade fina e adquirem a dimensão espacial para além de um só plano. Desenvolvem também, a compreensão da linguagem iconográfica e visual, aumenta a autoestima e a colaboração.

Bibliografia
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